Quando os portugueses chegaram por estas terras em 1.500 a Mata Atlântica cobria mais de 1 milhão de km² da costa litorânea brasileira, principalmente as serras e montanhas voltadas para o oceano Atlântico.
A massa de ar quente que sai do litoral em direção ao planalto encontra a massa de ar frio, justamente sobre a Mata Atlântica e ao se condensar precipita uma névoa sobre esse manto verde exuberante. Essa umidade alta aliada à alta temperatura do clima favorece a proliferação de bromélias e orquídeas, entre tantas flores maravilhosas.
Hoje o Brasil tem preservada somente cerca 8% dessa mata ou em torno de 100 km², dessa que foi a segunda floresta mais devastada do mundo e a mais exuberante floresta tropical úmida do planeta com um solo de formação muito antiga, com cerca de 600 milhões de anos e muito mais rico em nutrientes do que o solo amazônico, fazendo dessa forma com que a vegetação se regenere rapidamente.
Recentemente, em 1991, a Mata Atlântica foi protegida como Reserva da Biosfera. Floresta Latifoliada Tropical é o nome científico dessa formação exuberante que se assemelha a Floresta Amazônica e que se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e que foi devastada pela cultura de cana de açúcar, principalmente no Nordeste, no período colonial.
A Mata Atlântica é tão importante que tem até o seu dia: 27 de maio. Mas não sabemos se temos que comemorar, ou lamentar neste dia, pois conforme dados do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), o entorno das represas Billings e Guarapiranga, entre os anos de 1989 e 1996 sofreu uma das maiores ocupações até então e com isso, mais 15% da mata nativa (Atlântica) do entorno da Guarapiranga e 7% da Billings desapareceram em São Paulo, em menos de 10 anos.
O mais grave de toda essa devastação é que a preservação das nossas matas está intimamente ligada ao abastecimento de água, isto é, menos verde menos água. Um dos fatores que impediu a devastação total dessa mata no Brasil foi o relevo da sua localização, serras e montanhas, todavia, a abertura de estradas e a implantação de pólos industriais altamente poluidores, como o de Cubatão, na Baixada Santista, tem contribuído para degradar o que resta dessa floresta tropical, pois os gases expelidos pelas chaminés dessa fábricas desfolham e secam as árvores, provocando erosão nas encostas dos morros.
As vias que cortam as serras são vetores ocupacionais, quando os próprios operários que trabalham nas obras de implantação dessas estradas formam os chamados bairros cotas, devastando e poluindo imensas áreas. As madeiras nobres como jacarandá, jatobá, jequitibá, cedro, imbuia e o pau-brasil sempre atraíram as atenções dos madeireiros que não estão preocupados com a preservação da Mata Atlântica e sim com os seus lucros imediatos.
Num único hectare de Mata Atlântica foram encontradas 450 espécies diferentes de vegetais. Essa floresta abriga 15% de todas as formas de vida animal e vegetal do planeta. Cerca de 400 espécies de aves foram identificadas até hoje na Mata Atlântica, igualando o catalogado em toda a Europa.
Na Estação Ecológica da Juréia que fica no município de Peruíbe, em São Paulo, foram identificadas 400 espécies medicinais que estão substituindo substâncias químicas nos hospitais. Toda a sociedade é culpada pela devastação da Mata Atlântica, desde o especulador imobiliário até o comprador de palmito de beira de estrada, pois afinal, um palmito é uma árvore.
Fonte de pesquisa: site abc da ecologia
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