O alucinante som das guitarras elétricas parece inacreditável num ambiente daqueles: afinal, trata se de uma estufa, onde os ouvintes do furioso rock não passam de indolentes pés de abóbora. Na estufa ao lado, outro espantoso espetáculo: um segundo grupo de aboboreiras ouve comportadamente músicas de Beethoven.
No entanto, o mais surpreendente ainda está por acontecer. Depois de oito semanas submetidos ao som do rock, os pés de abóbora terão “fugidos” do alto-falante que irradiava a música, crescendo em direção oposta a ele, até escalando as paredes de vidro da estufa, como se tentassem se distanciar da fonte sonora.
Na estufa ao lado, após as mesmas oito semanas, o fenômeno será oposto. As plantas estarão crescendo em direção ao alto-falante que as presenteia com os sons de Beethoven; uma das aboboreiras chegará a se enroscar carinhosamente em torno dele.
A experiência com as aboboreiras, desenvolvida em 1969 por dois estudantes de Denver, nos Estados Unidos, foi apenas uma das milhares que se realizaram em todo o mundo, inspiradas nas descobertas de Cleve Backster sobre a sensibilidade das plantas. Ela veio apenas comprovar algo que as pesquisas de Backster já permitiam induzir: os vegetais são extremamente sensíveis a estimulações sonoras. No caso das abóboras, verificou se uma rejeição ao impacto sonoro do rock e uma aceitação a suavidade da música de concerto.
Isso não quer dizer que necessariamente todas as plantas "destestem" o rock, e que todas “amem" a música erudita. Segundo os especialistas, significa apenas que as aboboreiras mais especificamente, aquela espécie de aboboreiras parecem ter tais preferências.
Muitas outras experiências sobre a reação dos vegetais a estímulos sonoros são relatadas por Peter Tompkins e Christopher Bird no livro A Vida Secreta das Plantas. Esses autores descrevem, por exemplo, as pesquisas conduzidas pelas biólogas Mary Measures e Pearl Weinberger, da Universidade de Ottawa (Canadá), que decidiram ampliar estudos anteriores sobre a influência de freqüências ultra-sônicas na germinação e crescimento de certas espécies vegetais.
Diversos cientistas russos, americanos e canadenses já haviam concluído que aquelas freqüências sonoras são capazes de estimular vegetais como a cevada, o girassol e a ervilha Siberiana, mas, que também podem exercer ação oposta isto é, inibir o desenvolvimento em outras espécies. A partir dai, Mary e Pearl procuraram investigar se freqüências audíveis especificas poderiam ser eficazes para ativar o crescimento do trigo.
As duas biólogas conheciam a experiência do fazendeiro e engenheiro canadense Eugene Canby, que conseguiu uma safra de trigo 66% superior à média da região (Wainfleet, Ontário) transmitindo para a plantação, a intervalos regulares, as sonatas para violinos de Johann Sebastian Bach. Mary e Pearl trabalharam quatro anos e chegaram a conclusões altamente positivas. Descobriram que, submetidas a estímulos sonoros da ordem de 5000 ciclos por segundo, certas variedades de trigo tinham seu crescimento grandemente acelerado, a ponto de permitir prever safras com o dobro de produtividade em relação aos padrões normais
Num artigo para um jornal cientifico, elas sugeriam que as ondas sonoras talvez produzam um efeito ressonante nas células vegetais, fazendo assim com que a energia se acumule e afete o metabolismo das plantas.
Em seqüência aos estudos das biólogas canadenses, vários pesquisadores relataram ter conseguido acelerar fortemente o crescimento de hortaliças, como nabos e alfaces, quando esses vegetais eram submetidos a freqüências sonoras bastante especificas.
As sucessivas comprovações de tais fenômenos levaram a Dra. Weinberger a afirmar que, sem dúvida, entre os implemento agrícolas do futuro figurarão um oscilador para a produção sons e um alto falante".
Fonte de pesquisa: Livro Plantas e Flores
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