Esta é sempre a maior dúvida. Confira aqui todos os detalhes do trabalho deste profissional, responsável pelas soluções de aproveitamento das áreas externas.
Quando você resolve construir sua casa, seja para os momentos de lazer ou para morar, só vai se preocupar com o projeto paisagístico de toda a área externa no final da obra, certo? Errado.
Um dos maiores problemas para o paisagista é receber um cliente quando a construção já está pronta ou em fase de acabamento. E isso é muito comum, pois se desconhecem as atribuições desse profissional.
Ele é responsável pela análise e solução da organização dos espaços externos da casa. Para isso, o paisagista se utiliza de inúmeros elementos construtivos: piscinas, quadras esportivas, pérgolas, quiosques, churrasqueiras, acessos e escadas, pisos, muros e iluminação. Além, é claro, do estudo e escolha da vegetação que melhor se adapte ao clima e ao solo do jardim.
O ideal é contratar o paisagista assim que você tiver em mãos o projeto de arquitetura da casa. Assim, você, o arquiteto e o paisagista podem chegar juntos a um projeto completo, visualmente bonito, funcional e adequado às suas necessidades, sem cair em obras intermináveis. Para que isso aconteça, os profissionais de paisagismo, em geral, seguem algumas etapas até chegar ao projeto definitivo para as áreas externas.
A primeira delas é o estudo preliminar, onde é feito um levantamento de todos os dados do terreno, como sua morfologia, ou seja, se é em aclive, declive ou plano; orientação em relação ao sol, que ajudará na escolha da vegetação; tipo de solo predominante; levantamento da vegetação existente para sua posterior utilização. Ainda é feita uma entrevista com o proprietário e sua família para diagnosticar o que eles necessitam nessa área: piscina, quadras esportivas, churrasqueiras...
Com esses dados em mãos é feito o chamado plano de massas, que funciona como um anteprojeto: o paisagista apresenta ao proprietário desenhos em planta e cortes esquemáticos do terreno (não tão detalhados, mas que permitem a visualização do jardim) e, se preciso, altera alguns pontos. Para facilitar a visualização do jardim, o paisagista pode até apresentar algumas plantas em perspectiva.
Com a aprovação do proprietário, passa-se para a última etapa, o projeto executivo, que traz todos os detalhes de execução do jardim. A parte construtiva é apresentada através de plantas, elevações e detalhes em perspectiva e contém indicações de materiais, equipamentos. sistemas de drenagem, irrigação e iluminação. O projeto de plantio vem separado, com especificação da vegetação e a quantidade de cada espécie, além do nome científico e o porte das plantas. O paisagista também fornece um memorial de manutenção do jardim, com informações sobre a época de adubação. poda e tratamento correto do solo.
O projeto executivo permite que o proprietário planeje melhor o andamento da obra e avalie exatamente o custo de seu jardim, podendo até fazer uma concorrência de orçamentos. Se preferir, o próprio profissional poderá se responsabilizar pela execução do projeto, indicando e orientando a mão-de-obra e os fornecedores de material. Este serviço, no entanto, é cobrado em separado, não fazendo parte da concepção do projeto.
Para a reforma de um jardim, o paisagista também segue as mesmas etapas, discriminando as obras necessárias para sua reformulação, tanto da vegetação quanto dos elementos construtivos.
Fonte de pesquisa: Revista Casa Claúdia
|