A linguagem
Uma das formas de as plantas se comunicarem é por meio de compostos orgânicos voláteis (VOC), que viajam pelo ar. Nos anos 1980, dois estudos, um deles publicado na revista "Science", mostraram evidências de que esses químicos serviam para a comunicação vegetal. Dez anos depois, o biólogo Edward Farmer, da Universidade de Lausanne, na Suíça, mostrou como, em laboratório, artemísias emitiam grandes quantidades de metil jasmonato ao serem atacadas por insetos. Esse composto, recebido por folhas de tomate, fazia com que o fruto ficasse mais resistente a pragas - ele passava a produzir moléculas que, consumidas pelos insetos, interrompem sua digestão. A última comprovação de que a linguagem vegetal ocorre por meio dos VOCs veio no fim de 2013, com uma pesquisa publicada no periódico "Ecology Letters". Ela mostrou que, em condições naturais, as folhas que recebem esses químicos de vizinhas feridas tornam-se mais resistentes a herbívoros. Outra maneira com que as plantas "falam" umas com as outras foi mostrada em um estudo de 2010, publicado na revista "Plos One". Ele explica como um pé de tomate infectado por uma doença avisa os outros por meio de micorrizas, fungos que surgem nas raízes. Ao lado das micorrizas, os tomates produzem enzimas defensivas, tornando-se mais resistentes a doenças. Os pesquisadores concluíram que esse pode ser um tipo de comunicação vegetal subterrâneo
Fonte de pesquisa: Veja.com
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