Os furtos freqüentes de vasos e plantas à entrada dos prédios e vivendas da Avenida dos Quartéis incomodam os moradores há cerca de dois anos, que apenas aguardam por uma ocasião para apanhar “o intruso” em flagrante.
Há cerca de dois anos que é assim. Mal se vêem plantas bonitas e coloridas a florescer num dos prédios ou vivendas da Avenida dos Quartéis, em Chaves, que logo desaparecem.
“Às vezes, as pessoas queixam-se que os jardins à entrada do prédio podiam estar melhor cuidados e bonitos, mas aqui não se consegue!”, insurge-se Fernanda Mota, responsável pelo condomínio de um dos prédios da avenida. No prédio onde vive, já foram furtadas tulipas, roseiras, gladíolos e, na semana passada, arrancaram duas plantas no primeiro vaso da entrada.
No mesmo lado da rua, num prédio um pouco mais à frente, roubaram cinco vasos de begônias “pelas escadas acima” no passado mês de Julho. “Foi por volta da meia-noite e subiram até ao 2º andar! Há muita gente a queixar-se do mesmo desde o ano passado…”, conta Ermelinda Cunha, responsável pelo condomínio do prédio.
“Só querem flores bonitas e rentáveis. Diz-se que é para vender nas feiras…”, aponta. Desde então, os moradores passaram a fechar sempre a porta de entrada do prédio e, ao final de cada dia, Ermelinda Cunha, que ficou sem um vaso “grande e muito bonito” no ano passado, vem verificar pessoalmente se ficou bem trancada.
“Não é tanto pelo valor das plantas, mas pela ousadia de entrarem numa propriedade privada!”, insurge-se Fernanda Mota. Os moradores têm uma idéia de quem possa ser o autor dos furtos que proliferam na Avenida dos Quartéis e também na zona residencial em frente à escola, mas sem provas…“Vamos fazer queixa contra um desconhecido?”, questiona a moradora. “A única solução é apanhar a pessoa em flagrante”, conclui.
O valor de uma flor pode até não ser muito, mas diz o ditado que “roubar é feio” e os moradores temem que se torne num mau hábito. “Hoje é plantas, mas com esta crise, amanhã é outra coisa…”, como um candeeiro antigo em ferro que roubaram há tempos no prédio, lamenta Fernanda Mota.
|