Um herbário é formado basicamente por amostras de plantas devidamente conservadas e organizadas para estudos científicos. Um herbário pode abrigar coleções dos vários grupos vegetais, preparados e preservados de acordo com as características de cada um.
Através dessas coleções, podem ser obtidas informações a respeito da morfologia, sistemática, distribuição geográfica, habitat e utilidade das plantas, que são a base para a realização de qualquer trabalho na área de Botânica.
Muitas das espécies preservadas em um herbário são provenientes de locais onde a vegetação foi perturbada ou mesmo totalmente devastada, tomando os dados das etiquetas que acompanham esses exemplares ainda mais valiosos.
Para que se possa descobrir o nome de uma planta, é quase indispensável que ela esteja fértil, ou seja, que possua flores e/ou frutos. No caso de plantas lenhosas, como arbustos ou árvores, devem ser coletados ramos com folhas, flores e/ou frutos. Se forem herbáceas, devem ser coletadas inteiras, inclusive com suas raízes.
No momento da coleta devem ser anotados os seguintes itens:
. porte e dimensões da planta; trata-se de erva, arbusto ou trepadeira; se possui látex ou espinhos; cor das flores, frutos e folhas (caso não sejam verdes). . se ela é nativa ou cultivada; . tipo de ambiente onde está crescendo (mata, brejo, etc..); . local, data precisa da coleta e nome completo do coletor; . nome popular e os usos da planta na região, sempre que possível.
Essas informações são importantes para a identificação da espécie e serão utilizadas na confecção do rótulo que posteriormente acompanhará o material.
Se não for possível levar a planta ainda fresca para identificação, dever-se-á mantê-la em sacos plásticos fechados, para que suas folhas não sequem e nem enruguem. Desse modo o material resistirá cerca de dois dias.
O mais adequado seria herborizá-la imediatamente, ou seja, prensá-la e secá-la para melhor preservação de suas características. A prensagem da planta consiste na colocação de cada amostra entre folhas de jornal ou papel de embrulho, alternadas com folhas de papelão ondulado (embalagens velhas de papelão também servem).  O conjunto das amostras deve ser colocado entre duas prensas de madeira e amarrado fortemente com cordas O jornal absorverá a água desprendida pelas plantas e o papelão e as prensas permitirão que as amostras sequem sem enrugar-se. As características do material são mantidas mais facilmente com a secagem rápida. Podem-se usar como fontes artificiais de calor, estufas de lâmpadas ou resistências, ou então colocar as prensas ao sol, em local ventilado. Neste método, os jornais deverão ser examinados e substituídos diariamente, para que o material não embolore. Assim acondicionado, estará pronto para ser enviado a um especialista para identificação.
 O Instituto de Botânica do Estado de São Paulo por exemplo, que tem como uma de suas missões realizar pesquisas científicas e tecnológicas, possui um dos herbários mais importantes do Brasil e do mundo. Sua coleção catalogada tem cerca de 320.000 exsicatas (exemplares desidratados de plantas, fungos e algas), com todas as identificações possíveis.
O herbário é uma importante fonte de consulta e referência para estudantes, estagiários e cientistas, pois possibilita a perfeita identificação dos materiais botânicos com que trabalham, além de fornecer informações das mais variadas sobre a flora de uma região.
Fonte de pesquisa: Instituto de Botânica do Estado de São Paulo
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